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[ANALISE]de Killzone 3 para PS3

Posted by M1 On 04:11

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Plataforma: PS3 | Desenvolvedora: Guerrilla | Editora: Sony | Gênero: FPS | Lançamento: 22/2/2011 

Melhor: Multiplayer ficou perfeito | Pior: A história 

“Killzone 2”, sem dúvida, foi um dos jogos que marcaram época no PlayStation 3. O ponto é que a indústria aprende e cresce com o passar do tempo, e nossa percepção de bom ou ruim também. Não que os parâmetros mudem, mas quando um jogo altera o cenário do mercado, ele deve ser recompensado por isso. “Killzone 2” é um bom exemplo. 

Afirmar que “Killzone 3” é um jogo melhor que seu antecessor não é mentira. No entanto, devemos notar que a continuação teve melhorias incríveis e se transformou em um game mais consistente – tanto offline quanto online. Só que está marcado no DNA de “Killzone 3” que ele é uma continuação. E não existe muito esforço para fazer diferente. Não me entenda errado, estamos falando de um jogo incrível, só que não causou tanto impacto quanto o segundo. 

A Guerrilla Games ganhou vários pontos nessa história. Ela escutou cada crítica feita ao segundo episódio e arrumou muita coisa. A campanha tem um ritmo muito mais empolgante, com momentos de adrenalina pura. O level design também ficou ótimo, com fases variadas e momentos cinematográficos. 

Killzone “Killzone 3” é o resultado da união do seu predecessor e de um dos “Call of Duty: Modern Warfare”. A forma como a jogabilidade flui entre os mapas e as variadas formas de jogo que são apresentadas em momentos pré-determinados sugerem que houve muita referência nessa produção. Em nenhum momento as semelhanças ficam descaradas (OK, talvez na fase em que você precise passar sorrateiramente pelos inimigos, escondido na grama e com uma sniper) e a inspiração ajudou a dar mais fôlego para a campanha. Em “Killzone 2”, muitas vezes os desafios eram apenas sobreviver a uma enorme horda de inimigos e pronto. A variedade de armas que podem ser utilizadas não é muito grande, mas elas são tão diferentes que a jogabilidade fica variada mesmo assim. A minha favorita, sem dúvida, é uma que faz os inimigos explodirem em uma enorme chuva de sangue. Em alguns momentos, você entra no comando de alguns veículos – sempre com forte poder de fogo – e destrói bases inteiras enquanto o controle treme (não se for um Sixaxis) incansavelmente em suas mãos. O barulho de tiro chega a ser ensurdecedor. Essa é a sensação que um FPS deve nos fazer sentir. E “Killzone 3” faz isso muito bem. killzone Está tudo indo muito bem até aqui. Só que em paralelo a todas as melhorias feitas pela Guerrilla, existe um problema que ofusca um pouco o brilho de “Killzone 3”: o enredo. Mas que história é essa, afinal? Joguei até o final e nos últimos segundos não estava acreditando que os créditos realmente estavam subindo. A pequena animação posterior também não ajudou. “Killzone 3” não tem história. Simples assim. Tem é uma desculpa para usar os cenários e ideias ótimas que a equipe teve para desenvolver o jogo. A narrativa é fraca, os personagens são extremamente planos e nenhum é cativante. Que desperdício! Um jogo tão bom poderia ter uma gama de personagens que dessem à campanha um tom mais sombrio, que carregasse o peso de uma guerra entre duas raças. Mas o enredo é tão fraco e os personagens tão sem graça que parece que a guerra é para conquistar um ponto de tráfico de droga, e não a soberania do universo. Sevchenko, o protagonista, parece um robô sem emoções que só se importa em chegar até o ponto B. Rico, seu companheiro temperamental é o campeão dos clichês. Todo o resto dos personagens é dispensável. O novo vilão, Stahl, é o que mais se aproxima de ter carisma. Mas seus colegas não ajudam. No final das contas, a história de “Killzone 3” é uma droga. Sem graça, sem sal, não apresenta nenhum fato relevante. São oito horas contando como uma tropa sobreviveu até ser resgatada ou assassinada pelos Helghasts. killzone  Novamente, é preciso repetir: “Killzone 3” é um grande jogo, mesmo com os sérios problemas de narrativa descritos acima. As modalidades online são a prova viva disso. Posso dizer, com tranquilidade, que essa foi a melhor experiência online que um jogo exclusivo de PS3 já me proporcionou. Os mapas são bons, os modos são legais e a evolução (mais uma forte referência de ‘Call of Duty’) tornam a experiência incrível. A única mancada nesse sentido é que jogar cooperativamente funciona somente com um amigo e local. Nada de co-op online. O mais próximo disso é um novo modo multiplayer onde dois grupos fazem alguns objetivos, conforme suas performances aparecem em determinadas cutscenes. Bem criativo. Jogar com o PlayStation Move é legal, confesso, mas igualmente cansativo. Depois de um tempo, você começa a perder a precisão e corre de volta ao velho DualShock. Mas a Guerrilla fez um bom trabalho e tornou justo a utilização do acessório, sem necessitar de habilidades tão absurdas. killzone O jogo inteiro, como você já deve saber, está e português do Brasil – inclusive com dublagens. Isso é muito bom para o nosso mercado, além de se tornar um produto ainda mais acessível a todos. Só que o trabalho de dublagem também não ficou dos melhores. Alguns dubladores estão muito aquém do esperado e o resultado final não ficou no nível dos realizados na série Halo, por exemplo. Olhando o pacote todo, “Killzone 3” merece cada centavo. É um grande jogo com inúmeras qualidades. Os defeitos citados aqui podem ter parecido maiores do que são, mas em um game tão bom, é um pecado que problemas tão simples aconteçam. “Killzone 3” é bonito, funcional e divertido. No próximo, esperamos que ele pelo menos tenha uma história decente. 

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