Estas mesmas fontes disseram que este acordo para o iCloud serviu para “validar” o Windows Azure como plataforma, já que a Apple é uma marca admirada por muitos. Além disso, o acordo aumentará a visibilidade do Windows Azure.
A Microsoft já construiu diversos datacenters para o Windows Azure e para o Bing. De acordo com a empresa, cerca de 24 datacenters em todo o mundo rodam o Windows Azure.
O iCloud rodará sobre a versão completa do Windows Azure, que inclui os componentes de computação e controle, e também utilizará o SQL Azure. Ainda não se sabe quantos servidores da Microsoft serão usados para hospedar o iCloud.
Divisão
Os dados do iCloud serão divididos entre as nuvens da Amazon e da Microsoft. Isto quer dizer que a Apple, a Microsoft, a Amazon ou a três terão que implementar via software uma forma de identificar de qual usuário é a informação armazenada em um local para então rotear as requisições para o servidor correto.
Se os dados forem duplicados, o software deverá lidar com o balanceamento de carga ou enviar aleatoriamente as requisições do usuário para uma nuvem ou outra, ou alterar as diretivas de acesso dependendo de fatores como velocidade da rede e disponibilidade do servidor.
Desafio
O desafio em rodar duas nuvens sob um serviço, se houver um, será o gerenciamento de um sistema unificado onde os controladores poderão ser executados em diferentes sistemas operacionais ou escritos em diferentes linguagens.
Isto é uma possibilidade bem real: enquanto o AWS e o Azure emulam servidores virtuais, a maioria dos usuários do AWS rodam em Linux, enquanto que os do Azure rodam em Windows.
Mesmo se uma linguagem multiplataforma como o Java for usada, a otimização do software para ambos significará custos adicionais e complexidade.
Uma forma de se evitar o gerenciamento de bases de código diferentes e obter sempre o melhor desempenho pode ser o iCloud rodando no Windows no AWS. Esta seria mais uma vitória para a Microsoft, já que além do iCloud rodar no Azure, o Windows estaria rodando na Amazon.