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IGN: Porquê amamos zumbis?

Posted by M1 On 06:09


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Pessoas mortas não são realmente interessantes, mas no momento em que eles se levantam e começam a vagar por aí, famintos por cérebro, eles se tornam absolutamente fascinantes.

Apesar de quão terríveis os mortos-vivos sejam, a princípio, eles são também morbidamente cômicos em sua monstruosa falta de jeito e lentidão em perceberem que você está a um passo de abrir-lhes a cabeça com uma barra de ferro.
A ficção zumbi chegou a um novo patamar de popularidade nos últimos anos e os games não são exceção. Mas porquê nos gostamos desses cadáveres desengonçados? 
Um consenso comum é de que os zumbis representam o nosso arraigado medo de um caos social total, uma possibilidade que encaramos todo dia com notícias de mudanças climáticas, a ascensão do terrorismo e os perigos de guerra biológica.

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Outros lhe dirão que zumbis são uma metáfora da cultura do consumismo em que vivemos, famintos de carne humana com a mesma implacável ambição com que almejamos adquirir bens materiais. 

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Enquanto na mídia tradicional nós nos envolvemos apenas passivamente perante a ameaça zumbi, vídeo-games proporcionam um nível inteiramente diferente de imersão. Os mortos-vivos são igualmente parte horror, parte cômicos, mas os jogos te obrigam a participar ativamente de toda a carnificina. 
Nós consumimos zumbis em abundância, mesmo quando eles entram em um terreno mais familiar. Left 4 Dead da Valve introduziu a idéia de lutarmos cooperativamente contra uma força esmagadora, uma idéia que vem se expandindo desde o modo zumbi em Call of Duty e mais atualmente em Dead Island. Há também Dead Nation, apocalipse zumbi e toda uma galáxia de shooters que oferecem uma experiência similar. 

Legalizando o Assassinato

Pedimos a opinião de alguns produtores de jogos de zumbi.
O líder criativo dos zumbis de Call of Duty, Jimmy Zielinski diz: “Há uma regra em um de nossos mapas, Call of the Dead, com George Romero que diz que zumbis devem parecer humanos. Acho que tem haver com isso”



“Você é capaz de matar um ser humano e conviver com isso, mas ele não é realmente um humano. Então tudo bem que você o esteja matando. E além do mais acaba se tornando uma atitude heróica, você está matando algo que está aí pra matar todo mundo. Então acho que... Talvez seja algo primordial.”

O produtor de Dead Island Sebastian Reichart acrescenta: “ A questão que me veio à cabeça durante o desenvolvimento do projeto era, porquê estamos fazendo isso de novo? Não era como se tivéssemos a mais incrível, nova e criativa idéia já criada. Matar zumbis não é tão grave quanto matar um humano. E da perspectiva gamer, há uma dose de satisfação em fazer isso, tudo bem em matar um humano, desde que ele seja um zumbi. Acho isso um tanto gótico, mas ainda assim divertido, e acho que é mais ou menos por ái”.



Reichart também acha que a ameaça zumbi é também muito simples de se entender. De onde quer que surja o surto é muito fácil dele se espalhar pro mundo real.” É como raiva, só que em humanos, e eles simplesmente enlouquecem. É muito simples de entender, e é algo que você vê na vida real: Não seja mordido por uma criatura que tenha raiva”.

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O famoso trailer de Dead Island brinca com essa idéia de humanos se tornando inumanos, através da zumbificação de uma garotinha e sua amorosa família. Em qualquer situação com zumbis, matar ou morrer é a única forma de sobreviver, mas ainda assim há um conflito emocional.

Enquanto você encontrar justificativa, você será tão brutal quanto possível. Reichart explica: “ Há ainda esse último vislumbre que te faz pensar: Estou fazendo a coisa certa? Em Dead Island e em qualquer situação que envolva zumbis, você não tem escolhas. Lide com seus dilemas depois”.

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