Para nós, gamers, os jogos aparecem como um pacote completo que envolve gráficos, jogabilidade, trama e outros aspectos fundamentais. Conseguimos discernir uma coisa da outra, identificar falhas e até mesmo propor soluções para certos problemas pontuais. Alguns conseguem até imaginar novas mecânicas com as quais qualquer jogo funcionaria de forma bem melhor do que a lançada.
Muitos enxergam o game da mesma forma que um filme, e propõem soluções como se fossem diretores. “Seria melhor se o personagem pudesse atirar enquanto anda” ou “este game seria melhor em terceira pessoa” são frases muito repetidas, como se bastasse trazer a câmera mais para trás ou ordenar que o protagonista faça duas coisas ao mesmo tempo. Para os programadores, porém, tudo isso se resume a cálculos.
Definindo shaderPara deixar tudo mais realShaders são um conjunto de instruções que definem o comportamento da superfície dos objetos na tela. Basicamente, são estes “microaplicativos” que aplicam efeitos como os reflexos do ambiente na lataria de um carro, definem a qualidade das curvas de uma imagem ou a movimentação da água enquanto um personagem está nadando.
Imagine se cada elemento tivesse que ser trabalhado independentemente. Talvez o resultado não fosse tão natural e não casasse tão bem com os gráficos gerados pelo sistema. Desta forma, osshaders conferem mais flexibilidade aos artistas e programadores, garantindo o máximo de realidade possível aos games.
Os shaders são executados na GPU (unidade de processamento gráfico, na sigla em inglês), componente que, como o nome já diz, é responsável por toda a parte visual. Mais especificamente, seu funcionamento é coordenado pelo pixel pipeline, unidade responsável pela transferência de informações referentes aos pixels que formam uma imagem. Quanto maior o pipeline, maior a velocidade de processamento.